Ontem eu estava tendo uma noite péssima, remanescências de uma 2a feira triste e tensa, que me deixou toda bagunçada. Tirei pó da sala de estar às 0h40, tomei banho logo depois, mil coisas na cabeça, mil dores (menos, na verdade, mas fortes) apertando por dentro, aquelas dúvidas todas que resolvem ir se juntando aos pouquinhos, nos cantinhos, e se jogarem de uma vez só, como uma grande bola de papel - daquelas que se fazia na 6a série - na nossa cabeça.
Ultimamente anda mais difícil pra mim me manter otimista, me manter esperançosa na vida, nas coisas. Tô tendo que fazer bem mais força pra acreditar que, somehow, as coisas vão acabar dando certo.
Ontem, porém, pouco antes de dormir, liguei a tv por "aqueles últimos 10 minutos, pra ter uma meia luz antes de adormecer" e, passando os canais, dei de cara com os minutos finais do meu filme preferido no mundo. Não foi só por ser meu filme predileto, foi por serem justamente os minutos finais, os mais otimistas, os que sempre me fazem chorar e recuperar alguma fé perdida, os minutos que me fazem sorrir e ficar quase novinha em folha. Quando me dei conta que justamente naquele momento, eu tinha colocado justamente naquele canal, e dado de cara justamente com aquele trecho, justamente daquele filme, eu acreditei. Acreditei que tem alguma coisa que faz o mundo girar de um jeito tão perfeito que alguns momentos fazem todo sentido, no momento exato, para alguns transeuntes. Naquele dia, foi pra mim.
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