Thursday, January 28, 2010

pedacinhos e nostalgias

Tava vendo tv hoje à noite, e passando pela Warner, reconheci trechos de Passageiro 57. Pra quem não conhece, um clássico dos filmes de ação, com Wesley Snipes (hahah, lembro o nome de cor só porque na propaganda usavam uma super entonação), um clássico dos “sessões da tarde” e “cinemas em casa” da vida. Lembro que quando era criança adorava esse filme, virou um marco na minha infância. Era um dos poucos filmes que meu pai topava ver junto, minha mãe tbm gostava por toda aquela coisa ação/suspense, e minha irmã e eu ficávamos tri empolgadas com as músicas estrategicamente escolhidas nos momentos certos, para dar a impressão de que Snipes era um cara irresistível, que sua vida era uma coisa luxo, poder e sedução e que realmente um avião ser seqüestrado era uma coisa super corriqueira. Lembro inclusive que naquela época estava começando a ir de avião pra Sp e SEMPRE perguntava pra minha mãe: “Será que esse avião não tem perigo de ser seqüestrado, mãe?”.

Revendo uns pedacinhos dele, a nostalgia é inevitável, os deja vous tbm. É impressionante como lembro de como me sentia na época, e como agora, olhando assim pra trás, dá pra ver que isso foi algo que fez parte da construção da pessoa que me tornei. É um filme tosco e brega e tal, nada cult, etc, não elevou em nada meu intelecto, mas faz parte das minhas lembranças, essas sim, fazendo a diferença. Acho que, more or less, todos temos mania de achar que vida é só o que estamos vivendo agora, nesse momento, mas vendo coisas assim, que marcaram o passado, vemos que não é bem assim. Já vivemos muita coisa, coisas que quem convive conosco hoje nem imagina. É aquela coisa do “Você é o que ninguém vê”. Por que tantas vezes precisamos de colo de mãe ou do lugar onde passamos a infância pra lembrarmos de quem somos? Porque tem coisas que nos construíram que acabamos esquecendo, e com isso, deixando uns pedacinhos de nós pelo caminho. E s pedacinhos acabam fazendo falta, eventualmente.

Uma vez me disseram que “Somos o que fazemos”, somos só aquilo que os outros conseguem ver. O que está dentro? Se não for exteriorizado, não tem valor. Sempre achei exatamente o contrário, e comecei a argumentar. Até acho, claro, que o que fazemos efetivamente, o que os outros vêem de nós, é importante, mas ninguém nunca vai conhecer tudo o que há para ser conhecido de cada um. Todos temos experiências, lembranças, vivências, tristezas, alegrias, tanta coisa que nos tornou quem somos e quem seremos a cada novo dia, que fica impossível pra mim concordar com essa teoria.




Tenho muitas coisas que estão sim, só dentro de mim, e que guardo com muito carinho, quase como um tesouro, e prefiro manter assim. O que na verdade não importa, o que importa é o efeito que a soma desse monte de pedacinhos acabou tendo em mim. Pq sei que a pessoa que me tornei tbm se deve a esses "detalhes".

Tuesday, January 26, 2010

Nos últimos dias descobri que:

- Sou uma exímia, porém medrosa, caçadora de baratas;
- E-bay é um site fantástico. Como ouvi uma vez (não lembro de quem): desde que descobri, tenho vontade de comprar até pão lá;
- Tequila deve ser tomada com parcimônia;
- Tagarelar com amigos até o amanhecer é o que há;
- Horóscopos de jornal às vezes fazem todo o sentido do mundo.