Friday, September 24, 2010

Estou numa noite melancolicamente doce hoje, de novo. Pq ainda chove lá fora (yey!), uma aula que eu teria amanhã foi cancelada e vou poder acordar tarde, falei com pessoas legais por email/orkut hoje, e amanhã à noite vou ao teatro.
Incrível como noites assim me fazem bem. Me dão vontade de ouvir músicas gostosas, docinhas, como "All you need is love" e "Revolution" dos Beatles, "Harvest Moon" do Neil Young, e outras tantas, que me aquietam a alma, e me fazem sorrir e fazer dancinhas vergonhosas na frente do computador - minha irmã fica revirando os olhos no sofá.

Ando percebendo, com cada vez mais nitidez, o quanto às vezes só exteriorizar o que sentimos já nos faz ver a solução de muitas coisas. Pq temos tanta coisa na cabeça, girando ao mesmo tempo, e, como são nossos sentimentos e pensamentos, eles parecem obviamente "claros", mesmo não estando divididinhos em parágrafos, com "introdução, desenvolvimento, conclusão", em palavras que existam no dicionário. Pq né, nós é que estamos sentindo, o que não nos faz ver a menor necessidade de falar disso em voz alta. Mas percebi na terapia, e até neste blog, algumas vezes, que ao nos obrigarmos a colocar sentimentos em palavras, ao nos esforçarmos para fazer os sentimentos "caberem" nelas, muitas coisas ficam mais claras. E isso é genial. Me faz gostar mais ainda delas, as palavras.

Percebi ultimamente, tbm, que era muito mais fácil viver quando eu tinha mais certezas. Adoro certezas, mesmo quando às vezes elas não são assim tão genias, elas nos dão segurança, tranquilidade. Quando começamos a questioná-las, por mais que isso seja parte de "growing better", é que o leite entorna. Pq né, e daí que estou evoluindo, questionar minhas certezas me faz sentir extremamente vulnerável. E eu odeio isso.

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1 comment:

Siane said...

Te entendo e concordo plenamente. Mas, descobri - e não da maneira mais fácil - que questionamentos são inevitáveis e muito dolorosos quando se referem às nossas, até então, certezas. Já passei, continuo passando e, certamente, continuarei passando por isso... faz parte.